O novo salário mínimo de R$ 1.412, um aumento de 7% em relação ao ano anterior, entra em vigor nesta quinta-feira (1º de dezembro), impactando diretamente a vida de milhões de brasileiros. Este reajuste representa um passo importante na busca por melhores condições de vida para a população, mas também destaca os desafios que ainda persistem no cenário socioeconômico do país.
Beneficiando milhões:
· Aposentadorias, BPC/Loas e benefícios do INSS: Aproximadamente 41,5 milhões de pessoas receberão um aumento em seus benefícios, incluindo aposentadorias, auxílio-doença, pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). O BPC/Loas, que garante renda mínima para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência, terá um impacto significativo na qualidade de vida de cerca de 5,6 milhões de brasileiros.
· PIS/Pasep: O abono salarial do PIS/Pasep, pago a partir de 2024, terá como base o novo salário mínimo, podendo beneficiar até 23,6 milhões de trabalhadores. Para ter direito ao abono, o trabalhador precisa ter cumprido um ano de serviço com carteira assinada e ter recebido até dois salários mínimos no ano-base.
· CadÚnico: O Cadastro Único, porta de entrada para diversos programas sociais do governo federal, terá o limite de renda per capita familiar ampliado para R$ 706. Isso significa que mais famílias de baixa renda poderão ter acesso a benefícios como o Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Minha Casa Minha Vida.
· Seguro-desemprego: O valor mínimo do seguro-desemprego subirá para R$ 1.412, beneficiando cerca de 2,5 milhões de trabalhadores que perderam seus empregos.
· MEIs: A contribuição mensal dos Microempreendedores Individuais (MEIs) para o INSS aumenta para R$ 70,60. Já o MEI Caminhoneiro terá que pagar R$ 169,44. Essa mudança afeta diretamente os mais de 13 milhões de MEIs em todo o país, que representam um importante segmento da economia brasileira.

Impacto na economia:
O reajuste do salário mínimo deve injetar cerca de R$ 69,9 bilhões na economia nacional, impulsionando o consumo e beneficiando diversos setores, como o comércio, a indústria e os serviços. Esse aumento na renda disponível tende a estimular a demanda por produtos e serviços, gerando um efeito multiplicador na economia e criando novas oportunidades de emprego.
Ainda há desafios:
Apesar do aumento, o salário mínimo ainda não cobre o custo de vida básico no Brasil, segundo o Dieese. A cesta básica, por exemplo, custa cerca de R$ 772,51, o que significa que o novo valor do salário mínimo ainda não é suficiente para garantir uma vida digna para uma família de quatro pessoas.
• Mudanças Significativas na Aposentadoria: Revisão da Vida Toda no INSS e Seus Impactos
Outras mudanças:
· Abono Salarial: O valor do abono salarial do PIS/Pasep, pago a partir de 2024, terá como base o novo salário mínimo.
· Benefícios do INSS: O valor de outros benefícios do INSS, como auxílio-reclusão e salário-maternidade, também será reajustado.
· Multas e sanções: As multas e sanções previstas em leis e regulamentos que utilizam o valor do salário mínimo como referência também serão reajustadas.
O reajuste do salário mínimo é uma medida importante para garantir a proteção social e impulsionar a economia. No entanto, é preciso reconhecer que ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir um padrão de vida digno para todos os brasileiros. A busca por um salário mínimo que atenda às necessidades básicas da população deve ser um compromisso constante do governo e da sociedade.