INSS Paga R$ 193 Milhões em Benefícios a Pessoas Mortas em Quatro Anos, Segundo CGU

Auditoria revela falhas no cruzamento de dados entre o INSS e bases governamentais de óbitos

Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) divulgado em 29 de abril de 2024 identificou pagamentos indevidos de benefícios do INSS a pessoas falecidas. Entre janeiro de 2019 e junho de 2023, foram computados R$ 193 milhões em 18.747 benefícios concedidos a 17.738 beneficiários que já haviam registrado óbito em bases de dados governamentais.

O levantamento, realizado pela Diretoria de Controle de Previdência e Assistência Social da CGU, demonstra falhas na comunicação entre o INSS e outras instituições públicas, como cartórios de registro civil. A situação gera transtornos para os cofres públicos e para as famílias dos falecidos, que podem ter que devolver os valores recebidos indevidamente.

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Falta de Integração Entre Sistemas

A principal causa dos pagamentos indevidos, segundo a CGU, é a falta de integração entre os sistemas do INSS e as bases de dados de óbitos. O órgão ressalta que, apesar de existir um acordo de cooperação entre as partes, a troca de informações ainda é manual e falha em atualizar os dados de forma eficaz.

Responsabilidades Compartilhadas

Embora a responsabilidade principal de comunicar o óbito ao INSS recaia sobre a família do falecido e os cartórios de registro civil, o instituto também tem obrigações nesse processo. O INSS deve realizar o cruzamento de dados com as bases de óbitos disponíveis e suspender os benefícios em caso de inconsistências.

Beneficiário do INSS e pensionistas

Medidas Corretivas e Preventivas

Diante das falhas identificadas, a CGU recomenda a adoção de medidas corretivas e preventivas, como:

– Aprimoramento da integração entre os sistemas do INSS e as bases de dados de óbitos;

– Implementação de mecanismos automatizados para a identificação e suspensão de benefícios a falecidos;

– Campanhas de conscientização para informar famílias e cartórios sobre a necessidade de comunicar o óbito ao INSS.

Situação Requer Ação Urgente

O caso dos pagamentos indevidos de benefícios a pessoas mortas expõe fragilidades na gestão pública e reforça a necessidade de aprimorar os mecanismos de controle e fiscalização. As medidas recomendadas pela CGU são urgentes e devem ser implementadas o mais rápido possível para evitar novos prejuízos ao erário e garantir a justiça social.

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Além das informações acima, o relatório da CGU também apresenta:

– Análise dos pagamentos indevidos por estado;

– Distribuição dos benefícios por tipo (aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, etc.);

– Recomendações específicas para cada órgão envolvido.

Este caso serve como um lembrete da importância da transparência e da eficiência na gestão pública. É fundamental que os órgãos públicos trabalhem em conjunto para combater fraudes e garantir o uso correto dos recursos públicos.

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