Caro leitor, é possível que nos últimos meses tenham se deparado com algumas propagandas e notícias de instituições financeiras nos alertando sobre uma nova realidade. O open banking. Porém, não apenas o open banking, também devemos conhecer mais sobre um novo conceito, o Open Finance.
São tantos termos que até nos perdemos, não é verdade? Mas vou explicar a vocês com mais calma o que são estas novas realidades e como funcionam, pois a implementação destes métodos é positiva a nós consumidores e também a todo o mercado financeiro.

O processo de implementação fora previsto em 4 etapas, sendo que duas já foram implementadas, partindo do open banking ao open finance, sendo as seguintes:
Fase 1 – (Início em: 01-02-2021) – compartilhamento de produtos, serviços e taxas, sem participação do consumidor e supervisionada pelo Banco Central;
Fase 2 – (Início em: 15/07/2021) – As Instituições podem realizar o compartilhamento de dados entre si caso haja solicitação prévia do consumidor. Os dados seriam: nome, CPF, CNPJ, telefone, endereço, informações financeiras, tarifas e afins);
Fase 3 – (Início em: 30/08/2021) – Possibilidade de utilizar outros meios para efetuar pagamentos, como por exemplo o whatsapp, iniciando uma transferência;
Fase 4 – (Início em: 15/12/2021) – compartilhamento dos dados para ambientes além das instituições bancárias e fintechs, alcançando empresas e serviços de outros setores, mas relacionados a finanças.
Definindo open banking, este seria a possibilidade de dados pessoais e financeiros dos clientes transitarem fácil e rapidamente de uma instituição bancária à outra, seja em bancos físicos, fintechs, bancos digitais e afins. Porém, não se preocupe, pois este compartilhamento de dados apenas pode ocorrer caso haja permissão do cliente, a questão é que agora, por meio de um sistema conhecido como IPA (sigla, uma vez traduzida, significando “Interface de Programação de Aplicativos”), os dados poderão ser movidos de uma instituição à outra como nunca antes ocorrera, com transparência e segurança.
Uma vez em que há a adesão ao open banking, a pretensão é instaurar o Open Finance, o qual é um conceito semelhante, mas amplificador, haja vista que estima o fato de que o compartilhamento dos dados e a possibilidade de se utilizar serviços financeiros vão além dos já utilizados, ou seja, além das instituições bancárias e fintechs como dito acima, o Open Finance permitirá que os dados do cliente, caso haja permissão do mesmo, transite para corretoras, seguradoras, dentre outras.
Desta forma, todas as informações pessoais e financeiras estarão padronizadas em um mesmo sistema, gerando competição nos valores de serviços entre as empresas e instituições, além de diminuir a burocracia dos mesmos, apresentando, portanto, diversas vantagens a nós consumidores. Conseguinte, outra vantagem é o fato de os serviços, graças a esta inovação, transformarem-se cada vez mais e estimularem o crescimento tecnológico digital em nosso país.

E então você se preocupa e me pergunta, caro leitor. Mas é realmente seguro? Com certeza! A implementação destes serviços está sendo supervisionada pelo Banco Central. Ainda, existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) a qual resguarda a população caso haja alguma irregularidade. Ademais, as instituições e empresas financeiras não podem executar o trânsito de seus dados sem permissão prévia do cliente e, por fim, por o sistema utilizar APIs, além da automatização e padronização dos dados, os mesmos se encontrarão cada vez mais seguros.
Você sabia que era sobre este assunto que se tratava? Acha válido tal mudança? Desvincular do que estamos acostumados pode vir a ser difícil, mas a certeza é que ampliará para melhor nossas atividades financeiras. Para conhecer mais sobre e descobrir novas informações, caro leitor, continue nos acompanhando por aqui, há sempre uma novidade.
Publicado para: Facta Financeira