No ano de 2020, uma nova realidade de transações financeiras digital tomou conta de nosso país. A implementação do Pix foi uma novidade muito bem aceita pela população, haja vista que os valores nessa modalidade são gratuitos para pessoas físicas e com valores reduzidos para pessoas jurídicas.
Segundo dados do Banco Central de nosso país, o sistema Pix é utilizado por cerca de 110 milhões de brasileiros, os quais possuem chaves de identificação tanto em bancos digitais, quanto em bancos tradicionais. Estima-se que o Pix apenas no segundo trimestre de 2021 movimentou cerca de 1,1 trilhão de reais em 1,8 bilhão de transações. Existiam até então, aproximadamente, 348 milhões de chaves cadastradas, sendo 104 milhões de pessoas físicas e 80 milhões pessoas jurídicas. O restante está identificado como chaves duplicadas, ou seja, pertencentes ao mesmo usuário.
Sobre os métodos de pagamento, o Pix superou outros meios convencionais como: DOCs, TEDs e cheques, sendo responsável por 12,8% de todas as transações. O Pix apenas perdeu para os seguintes meios de pagamento: cartão de crédito (50%) e boleto bancário (14,9%).
O sistema Pix mais do que o esperado atingiu as previsões do banco central, porém, entende-se que isso aconteceu, pois os sistemas, diferente de outrora, realizam pagamentos instantâneos e em qualquer momento do dia, além de efetuar pagamentos aos fins de semana e feriados. Em acréscimo, o Pix não possui taxas sobre suas cobranças, independentemente do valor e da instituição bancária, caindo, portanto, nas graças da população geral.
Além da modalidade atual de Pix instantâneo, o Banco Central também implementou o Pix cobrança (boleto), o qual se trata de um boleto digital, e está no processo de implementação do Pix Saque e Pix Troco, que facilitarão o acesso a cédulas por meio das transações via Pix. O Banco Central ainda pretende instalar no ano de 2022 o Pix débito automático e, futuramente, a possibilidade de fazer transações Pix internacionalmente e sem necessitar de conexão com a internet.
Tais implementações possuem o enfoque de substituir o uso de cédulas e moedas, os quais custam milhões aos cofres da nação em sua fabricação e movimentação, sendo assim, seria proposto a implementação do real digital. Esta possibilidade nasceu sobre o estudo dos países sobre as criptomoedas que têm ganhado cada vez mais adesão da população e movimentando bilhões na economia mundial.
Na última fase do Open Banking, o Pix será ainda mais utilizado além dos setores bancários, pois o varejo começará a utilizar mais as ferramentas disponíveis, e, exchanges de criptomoedas, além de corretoras, têm se transformado em bancos digitais por si só, aumentando a demanda desta tecnologia.
Para ilustrar um pouco mais o quanto os brasileiros têm aceito os movimentos digitais, a empresa PayPal especializada em transações financeiras online realizou uma pesquisa, demonstrando que cerca de 80% dos entrevistados não querem mais utilizar o dinheiro físico, enquanto 93% apoiam a implementação do real digital.
Ainda são muitos os desafios a serem superados, como as questões de segurança pública, na qual o Banco Central já realizou modificações para segurança da população, a fim de evitar golpes e demais crimes, porém, com o tempo, a tendência é que cada vez mais o Pix tenha influência sobre os métodos de pagamento dos brasileiros.
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Publicado para: Facta Financeira
