Calcular os juros do crédito consignado nem sempre é uma tarefa simples. No final das contas, além de saber as tarifas cobradas por cada banco, é fundamental entender como essas taxas serão aplicadas ao valor da transação.
Além disso, é crucial reconhecer que vários fatores influenciam a formação de interesse. Com isso, fatores econômicos, fiscais, políticos e até mesmo inflacionários influenciam na precificação de um contrato de crédito consignado.
Outros fatores também influenciam a taxa de composição. Alguns dos principais fatores que influenciam a decisão de emprestar dinheiro são o prazo de pagamento, o perfil do tomador e o método empregado por cada instituição financeira.
Continue lendo para saber mais sobre os métodos de cálculo de juros do crédito consignado.
Taxas de juros do crédito consignado
As taxas de juros do crédito consignado e do crédito comum são semelhantes ao pagamento do aluguel de um imóvel. No entanto, a diferença é que, em vez de receber dinheiro, é “alugado”. Na realidade, os bancos cumprem o papel de conectar provedores de capital (investidores ou poupadores) e devedores que necessitam desses recursos (tomadores).
Cada vez que um empréstimo é feito, o mutuário devolve mais dinheiro do que recebeu. Ao mesmo tempo, o investidor também recebe mais dinheiro do que foi investido no total. Com isso, a taxa de juros das contas consignadas é essencialmente o custo do crédito.
Os juros, no entanto, podem ser expressos de diferentes formas: existem taxas de juros compostas, nominais, efetivas, reais e assim por diante. A seguir, examine uma sinopse do conceito de juros simples e compostos para entender como essa taxa afeta o crédito pessoal.

Taxas de juros compostas
Nesse método, o valor base de cálculo dos juros pode ser alterado a cada novo período do contrato — os juros podem ser anuais, diários, mensais ou qualquer outro período — o valor dos juros também pode ser alterado. Como resultado, em um empréstimo de 1.000 reais com juros de 8% ao ano e prazo de 2 anos, por exemplo, ocorre o seguinte cenário:
no primeiro ano, o devedor pagará R$ 80 de juros.
No segundo ano, o método de cálculo das taxas de juro é alterado. Como resultado, as diferenças serão imputadas ao total do empréstimo e juros cobrados no período anterior.
Após essa modificação, o novo valor base receberá 8% adicionais, o que resultará em $ 86 de juros, que é 8% de $ 1.080.
No contrato de 2 anos, o devedor terá devolvido ao banco R$ 1.166 (mil cento e sessenta e seis reais), sendo R$ 1.000 do valor financiado, R$ 80 de juros aplicados no primeiro ano e mais R$ 86 de juros incorridos sobre o empréstimo no segundo ano.
taxas de juros simples
Nesse caso, o percentual sempre será acrescido ao valor emprestado no início do contrato. Ou seja, é o contrário do que ocorre nos juros compostos, em que o valor inicial dos juros é alterado.
Por exemplo: a pessoa física que tomou emprestado R$ 1.000 (mil reais) com juros simples de 8% ao ano em dois anos terá que pagar o seguinte:
No primeiro ano, pagará R$ 80 (oitenta reais) de juros (8% de R$ 1.000).
No segundo ano, pagará mais R$ 80 (oitenta reais) de juros (8% de R$ 1.000);
Ao final de 2 anos (final do contrato), este mutuário terá pago ao banco R$ 1.160 (mil cento e sessenta reais): o valor emprestado (mil reais) acrescido de juros do primeiro ano (80 reais) mais juros do segundo ano (80 reais).
Que fatores contribuem para a formação do interesse?
Inicialmente, é importante reconhecer que as taxas de juros do crédito consignado e o mercado de taxas de juros em geral são dinâmicas. Como resultado, para determinar se uma taxa de juros é vantajosa ou não em um determinado momento da economia, o método mais eficaz é comparar as ofertas de diferentes instituições financeiras.
Nesse cenário, é fundamental compreender os princípios fundamentais do contexto político, social e econômico do período em que o empréstimo será firmado. Isso porque todos esses fatores podem afetar a composição da taxa e, assim, afetar a forma como os juros são calculados no empréstimo. Tenha mais conhecimento:

Inflação
Se a inflação estiver alta, é provável que as taxas de juros dos empréstimos aumentem. Esse fenômeno é causado pelo aumento do custo dos produtos e serviços, o valor do dinheiro diminui, como resultado, menos bens e produtos são comprados com dinheiro atual do que no passado. Como resultado, o risco do banco ao emprestar será maior.
A situação fiscal do setor público
Déficits nas contas públicas levam a aumentos nas taxas de juros, pois os bancos começam a emprestar para entidades governamentais para cobrir os déficits.
Como tal, há menos capital no mercado privado disponível para empréstimos, o que aumenta o custo do dinheiro para os consumidores. Além disso, o saldo negativo do governo favorece os bancos em detrimento da lei da oferta e da demanda.
Por que os juros do consignado são menores?
As taxas de juros do empréstimo consignado são menores do que em outros créditos pessoais, como o empréstimo direto com o banco, os juros são descontados da folha de pagamento do devedor, assim a dívida é quitada.
Como resultado, praticamente não há chance de as instituições falirem financeiramente. Como o dinheiro está realmente voltando, os bancos podem cobrar taxas de juros mais baixas dos consumidores que contraem empréstimos.
Publicado para: Facta Financeira