Corte no orçamento do INSS prejudica pagamento de benefícios

Corte no orçamento do INSS prejudica pagamento de benefícios

Revelou-se ao início de 2022 o Orçamento da União para este ano que foi sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro, contudo, há a previsão do corte em R$ 988 milhões na verba que é destinada à Previdência Social.

O corte ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) gera transtornos para milhares de segurados e futuros beneficiários do instituto, uma vez que há a possibilidade de cortes de benefícios e também a negação de futuras solicitações, prejudicando o direito da população que necessita do apoio da previdência.

Fora exposto por Antônio Carlos Lima, diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (Sinssp), que o corte sancionado se trata de um “caos” para a previdência.

Estima-se que o corte pode comprometer cerca de 1,85 milhão de pessoas que entraram com requerimentos para começar a receber benefícios da previdência social, sendo que desses, 1,3 milhão já estão nas filas de espera há pelo menos 45 dias.

De acordo com os dados acima, grande parte desses pedidos realizados estão relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), o qual é voltado a pessoas deficientes e de baixa renda (630.668 pedidos).

Em outras palavras, o corte proposto pela União prejudicará principalmente a parcela emergente da população e que busca, por meio da previdência social, um apoio financeiro que é de direito de milhares desses casos.

Outro agravante é a pandemia mundial de COVID-19, a qual aumentou a demanda de pedidos junto ao Instituto, sendo que os atendimentos, em praticamente todo o país, obrigaram-se a acontecer apenas de modo remoto pelo número 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.

O atendimento digital aliviou uma porcentagem dos pedidos e ajudou que continuasse ocorrendo mesmo durante os momentos de quarentena e isolamento social, nos quais as agências previdenciárias estiveram fechadas, porém, a demanda cresceu em números superiores ao pré-crise sanitária, fazendo com que grande parte da população esperasse em tempo estendido o resultado de seus recursos.

Lima afirmou ainda que: “A demanda dos trabalhadores em home office aumentou muito a demanda por atendimento, além disso, tivemos um aumento grande de pensões por mortes por causa da pandemia. Enquanto isso, nós não conseguimos atender essa demanda, porque não temos servidores e equipamentos suficientes. Não tem como melhorar a situação sem investimento”

Em outras palavras vemos um movimento contrário do Governo Federal perante à real necessidade do INSS, sendo assim, é possível compreender que ainda haverá um agravamento da situação antes de uma futura melhora.

Contudo, o Governo afirma que com a verba da nação estando no limite, a redução dos recursos é justamente para ofertar a possibilidade de atender a novos pedidos de aposentadorias, pensões e auxílios.

Outro motivo que gera atraso e preocupação na situação do INSS é o fato de que o mesmo vem perdendo recursos nos últimos anos, como por exemplo: 3,4 milhões na área de reconhecimento de direitos previdenciários e 180,6 milhões na área de serviços de processamento de dados.

Em acréscimo, nos últimos 10 anos o Instituto responsável pela previdência social perdeu cerca de 37,7% de seus funcionários públicos caindo de 36 mil para 22.676 trabalhadores.

Por fim, fica apenas a indagação: O que esperar sobre o futuro do INSS? Apenas o tempo provavelmente nos dirá. Até lá, A Facta Financeira S. A. quer saber sobre sua opinião, leitor. O que você acha sobre o assunto?

Publicado para: Facta Financeira

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